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O vagão começou a andar. O Terreno foi capaz de ver aquela cena. Quando se espremeu entre as pessoas, notava os olhares de desaprovação ao fato do que ela almeja. Quanto mais se aproximou, quase próximo ao ladrão ele se assusta ao fato do rosto dele ser horrível. Como se seu rosto estivesse em carne viva. Quando sua voz ecoou anunciando o assalto, todos olharam e nada via. Thaniel reparou que era apenas ele estava vendo. Aquela coisa olha para ele, os olhos vermelhos, pareciam um par de globos preenchidos por sangue. Dentes pontiagudos em toda boca e trepados. Ele mesmo arqueia os olhos e diz ao vento com uma voz rouca e arranhada:

─ Impossível... como esta mulher conseguiu me ver... Merda... -

O profanador nota de quando ele tenta andar entre as pessoas, como se uma sombra lhe acompanhasse. Ele tem certeza, aquilo é sobrenatural. Agora as pessoas poderiam ver ele, mas ele adentra no meio da multidão e fica. Sumiu aparentemente dos olhos de Taylor. Mas não dos olhos de Thaniel. Podia ver ele usando uma 'máscara' e se camuflando como um homem normal de pé. De lance ele fica olhando para ela. Mas quando o vagão para na estação e no meio do povo ele se espreme e desaparece dos olhos. E ele sente que desapareceu. A idosa ficou olhando para sua bolsa e esta tranquila, viu que nada foi levado. E as pessoas ficam se perguntando: "Estranho, não tinha visto nada... só estava me sentindo estranho..." - Coisas do gênero. As portas se fecharam e logo voltou a andar. A senhora inocentemente e grata, agradece a Elohim. Agora os olhos ficaram mais tensos ainda sobre a bela Taylor. Então sua hora chegou, era sua estação que dava acesso ao distrito de Bromley.

Pouquíssimas pessoas saíram, estação vazia e ela caminhou suavemente até a saída do lugar. Subindo as escadas rolantes e novamente podia sentir o vento gélido da cidade de Londres. Que sorte, não ?  O lugar dava diretamente em uma praça, podia notar jovens paquerando, grupo de negros ouvindo seu Hip Hop tranquilo, próximo à um carro. Poucas pessoas na rua, mas a sorte grande quando deu quase um trezentos e sessenta para olhar ao redor, lá no final da praça é possível ver a boate. Olhando para o seu relógio, faltava cinco minutos para as sete. Significa que chegou em uma boa hora. Aquele frio na barriga provindo de Taylor, o Profanador esta tranquilo e louco para conhecer o famoso Ghost. Era tudo ou nada. Seria mais uma colheita de fé para este belo luar ? A noite é uma criança e esta apenas começando...

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*Taylor e Thaniel estranham a situação toda, ficando realmente confusos. Pensam em buscar aquela discreta criatura sobrenatural, mas não... Ghost é mais importante. Gentilmente diz à senhora que não foi nada e que espera que ela esteja bem. Toda aquela atenção deixa Taylor incomodada, o que afeta também Thaniel. Tão logo o trem para, as pernas os levam até a praça. O lugar é belo, mostrando o melhor lado da humanidade, permitindo que Thaniel respire aliviado. Olhando ao redor, vê a boate. Respira fundo, acalenta Taylor e segue, decidido, boate adentro.*

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O Elohim caminhou tranquilamente pela praça. Era notável os olhares e pecuinhas dos homens chamando-as por nomes pejorativos como "Gostosa, Delícia e Meu Amor" O normal de cada cafajeste existente neste mundo coberto por trevas. Taylor até gostaria desses nomes, mas Thaniel nem tanto a não ser que seja para usa-los ao seu favor e fonte de energia. Além disso, ele sente pena da humanidade. Por isso segue os ideias dos Faustianos, nem se quer conheceu outros da mesma índole. Onde eles estão ? Mas ele sentiu o chamado e assim que saiu do Abismo, ele ficou e não vai embora até completar sua missão.

Atravessou a rua, o clima bem gélido e já esta de frente para a boate. Podia ouvir a música abafada, poucas pessoas já na fila esperando o lugar abrir. Duas faixas separava dois grupos de pessoas. Ele nota que os homens estão de um lado e as mulheres do outro. Dois seguranças, um branco, alto e bem forte. Camisa polo preta, luva de couro e um sobretudo por cima, calça social e sapatos negros. O outro a mesma coisa, era um negro e estava de costa. Mas aquele corpo ela reconheceu e teve certeza de quando se virou mordendo um churrasquinho de rua. Era aquele armário que lhe visitou hoje mais cedo com Will e David. Ele lhe percebe e desenha um sorriso de canto de boca. Mastigando ele se aproxima e ele pergunta:

─ Ah gatinha. Tu realmente veio e chegou na hora. Me segue...   -

A voz deste brutamonte é bastante grossa e intimidadora. Olhando a estrutura do lugar, ela percebe os detalhes do lugar. Tem até símbolos egípcios ao topo, lembrando ser Anubis. Mas com o seu pouquíssimo conhecimento de ocultismo não tem certeza de nada. E nas pontas há duas estatuas enormes de mármore misturado ao bronze de Deuses egípcios ou parece ser de Faraós, não tem certeza. Apenas sabe ao fato de que já viu em revistas ou filmes a qual Taylor assistiu.

O negão abre a porta e pede para o outro segurança ficar de olho. A entrada, um pequeno hall, todo elegante com cores do branco ao amarelo ouro e o piso todo em carpete vermelho. De frente uma porta dupla de madeira e mais dois seguranças. O grandão sai passando e os outros dois nada dizem, apenas passam os olhos rápido na bela "moça" que segue o gigante. Agora revelando um salão enorme, as cores iguais ao do Hall, com a diferença de luzes psicodélicas e o som alto. Estava vazio a não ser sentado em uma das mesas ao canto esquerdo Will e David. Parecem conversar, rindo e bebendo uma bebida forte. Eles notam a dupla se aproximando e ficam sério. O gigante diz:

─ Aqui esta ela chefia. -

Os dois com as mesmas vestes de antes. Will se vira sorrindo desta vez e se levanta dizendo:

─ Golias, volte para o seu lugar. Abra daqui a pouco a boate, no mesmo horário de sempre. -

O gigante afirma com a cabeça e se retira lentamente e voltando para entrada da boate. Logo Willian olha no relógio, meneia com a cabeça satisfeito e faz um sinal com a mão chamando-a para acompanha-lo:

─ Chegou na hora certa em garota. Por favor, acompanhe-me. O Boss já lhe espera. -

Ele faz um sinal para que David aguarde e ele o faz. O celestial nota o mal olhado de David para a mesma. E meneia negativamente para a mesma. Em sinal de abrir de leve o sobretudo dele, bater levemente na arma dele em sinal de saber se cuidar se não a bala vai cantar para ela a hora que for. Os dois seguem até um portal de área VIP, agora dois homens de terno negro, grandes e ambos negros. Com uma fita vermelha impedindo a passagem, um deles retira e assim os dois sobem uma escada em um ambiente bem escuro, mas os neon vermelho nas laterais da escada dá para enxergar de boa. Final da escada um corredor pequeno e uma única porta aos fundos, de madeira e escrito "Diretoria" ele se aproxima e da três batidas e diz:

─ Senhor, ela esta aqui. Mando entrar ? -

Em seguida uma resposta:

─ Sim Will, volte ao seu afazer. Precisando eu lhe chamo. -

Will apenas respondeu um "Sim Senhor" E logo girou a maçaneta dourada, a porta rangiu e lhe aponta para que ela possa entrar. Um cheiro de afrodisiástico vem de dentro da sala, cheiroso por sinal e a voz do homem chamado Ghost soou bem deliciosamente aos seus ouvidos. E agora, quem é Ghost ?

─

*Olhando aquela divisão entre os gêneros, não pode evitar de rir-se. Num lugar como este, com o intuito que ele tem, ou pelo menos que Taylor acredita ter, eles ainda separam em categorias binárias? A ignorância e arrogância humana começa a lhe causar riso. E isto incomoda. Não é cômico, é ridículo e digno de pena. Eles saíram da lama apenas para criar uma lama toda deles. A visão do imenso o homem serve para lhe trazer de volta à frágil pele de Taylor. Segue o homenzarrão com um movimento de quadris ainda mais acentuado do que Taylor treinou e a cirurgia aperfeiçoou. Seu propósito é só um: deixar todos ali lhe desejando, absolutamente todos. Caminha com segurança e pose. Ao se por a acompanhar William, nota os avisos de David. Dá-lhe uma piscadela e um beijo em resposta. Ghost, no entanto era um outro assunto. Ao adentrar tanto Taylor quanto Thaniel sentem algo percorrendo a espinha. Ainda assim, mantém a pose e a aparência de confiança.*

─

Era como de se esperar. A porta ficou suavemente destrancada, Will fez o movimento com a mão para que o Elohim possa entrar sossegado. O aroma afrodisiástico que vem de dentro da sala ficou mais forte no instante em que Taylor posa sua delicada mão na porta de madeira e a faz abrir, junto o som suave de rangido da mesma. Agora podia ver um escritório normal de frente uma mesa de madeira, com algumas papeladas por cima, um computador, um telefone fixo e um aparelho celular ao lado. Do outro lado, uma poltrona de couro preta e encosto alto. A frente da mesa, duas outras poltronas do mesmo modelo só que de encostos menores. Alguns quadros nas paredes, atrás da poltrona de Ghost uma pequena estante com alguns objetos em cima, até livros e o que chamou atenção foi a Katana ornamental em cima de um suporte de aço negro. O lugar não tem janela, esta com aquecedor e um incenso aceso no canto da sala deixando o cheiro daquela forma. Ao lado esquerdo na parede ao topo ela nota uma câmera de segurança e um quadro de uma pirâmide egípcia, ao topo o olho de Rá, ao redor do deserto com vários guerreiros sarracenos empunhando espadas em forma de sombras. Um quadro bem exótico e bonito, sua moldura parece até de ouro, mas não, era banhado apenas. Ja a parede do outro lado, uma enorme televisão com todas as imagens da boate. E lá de costa em pé com os braços para trás olhando as imagens um homem. Branco, máximo de um metro e oitenta. Um corpo físico normal, usando um terno preto e cabelo liso bem penteado para trás de tamanho curto. Ele se vira e sorrir ao ver Thaniel entrando e se aproxima esticando a mão para um aperto e completa dizendo:

─ Boa noite senhorita O'Neil, certo ? Eu sou o famoso Ghost, alcunha de um verdadeiro fantasma se posso dizer assim. Por favor, sente-se. -

Era um homem atraente e diferente do padrão do que ela achou, ele é "branco" diferente de seus capachos. Ele não usa gravata, apenas um blusão vinho de algodão por de baixo do paletó e um pouco aberto em seu peitoral. Seu pulso esquerdo ele carrega um relógio dourado de ponteiro, um anel de prata aparentemente e lembra uma aliança só que um pouco mais larga. E o que Taylor reparou é que no pulso, ele possui uma tatuagem pequena. Um símbolo esquisito ao que ele lembre, viste algo parecido na entrada da boate.

Ele da meia volta, se senta na poltrona principal. Ele espera que a bela "mulher" se sente a sua frente. Ele a olha de baixo para cima rapidamente com aquele par deo lhos verdes vidrados, como se pensasse em algo, ele desenha um suave sorriso para si mesmo, ela percebe, mas não sabe o motivo da graça a qual ele achou. Logo el completa:

─ Bem, gostaria de beber algo ? Antes de começarmos a falar sobre negócios. O que me diz ? -

Ele desenha um sorriso e afasta um pouco a cadeira, olhando para seus próprios pés, ele se abaixa e abre algum compartimento, ela escuta o som de madeira se abrindo, logo ouve som de garrafas e ele volta com uma de vinho. Colocando em cima da mesa, junto de duas taças. Sua franja caiu para frente e com a outra mão ele ajeita para trás. Literalmente jogando seu charme, essa é a natureza dos mortais ? Para o Profanador, as coisas estão boas e ao mesmo tempo confusas.

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*Aquele homem era o responsável por William, bem como pelo crime na área. Confiança era a última sensação que Thaniel esperava por parte de Taylor. Ainda assim, a personalidade mortal parece se sentir confiantemente segura ali pela maneira que o homem a trata. Não é de se surpreender que morram tão fácil, um cheiro bem colocado e uma postura tornam um predador insuspeito. Era isso que aquele homem era, um predador. Mas poderia ser um aliado, talvez. Thaniel afrouxa as rédeas, para que as ações naturais de Taylor inspirem confiança, mas sempre pronto para agir, caso se faça necessário.*

-Aceito o convite com gratidão, senhor Ghost.

*Sua voz é submissa e sensual, também jogando charme.*

─

O Elohim sente o bom senso de humor deste homem a sua frente. Realmente o mundo é coberto por pessoas boas, mas também existe as ruins, Ghost seria uma das partes podres desta humanidade ? Inicialmente não aparenta, mas ele mesmo esta fazendo sua própria máscara como um Terreno. O criminoso poderia estar fazendo o mesmo, não ? Mas de todas as formas, sua lembranças do abismo o lhe fez assim, um Profanador com orgulho e toda esta luxúria e algo proibido de alguma forma chama Thaniel, mas deixando Taylor um pouco assustado, ao fato desse tipo de gente que ocorreu sua morte pelo preconceito.

O homem sorrir, preenchendo as taças com o vinho e ele notou que os olhos maravilhosos de Taylor olhou em seu pulso, ele notou sobre a tatuagem pequenina no pulso e ele a cobre com a outra mão. E fala quando entrega a taça para a moça:

─ Eu não sou o monstro como todos pensam. Mas é bom eles acharem que eu seja.. Isso impõe respeito e ao mesmo tempo medo. Assim ninguém interfere em meus negócios. Não são totalmente legalizados, mas nada que seja justo em um trabalho árduo. Eu me chamo Roger Walken, mas todos me chamam de Ghost, é isso mesmo, eu sou um fantasma para quase todos. Só apareço quando eu quero e quando é necessário. E você chamou minha atenção pela cidade... E fiquei sabendo sobre seus serviços aqui em Londres, no distrito de Bexley, não estou certo ? Rumores que meus clientes aos pouco se afastaram e falaram sobre uma garota de cabelo rosado fazia coisas e tudo que até Deus duvida. E por pouca coisa... Então eu pensei, porque não deixar essa garota bem de vida, com segurança e trabalhando em um ambiente limpo... O que me diz Taylor ? -

Ele mantém o sorriso ao rosto e bebe um gole do seu vinho e sem tirar os olhos verdes de cima da bela hospedeira a frente dele. A qual nem se quer sabe de que dentro daquela casca há uma criatura de milênios, sedento por desejos e continuar sua missão pelos Faustianos. Mas até agora nenhum deles foi encontrado, tudo um caos diabólico. Ele aguarda pacientemente resposta de Thaniel e mantém bebendo o vinho tranquilo.

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*Thaniel pesa sua opções com muito cuidado. Ele sabe que há criminosos que exploram as falhas do sistema com motivos não tão egoístas assim, mas sempre são criminosos. E a ética longe do modelo do sistema é sempre muito mais corruptível. Ainda assim, o que ele oferece é algo desejável e é nítido o que ele teria em troca para que nem Thaniel nem Taylor levem muito a sério a possibilidade de ter entrelinhas danosas. Ainda assim, todo cuidado é pouco e manter o homem falando aumentam as chances de ele revelar detalhes danosos que é sempre melhor saber.*

-Bem, senhor Walken, como eu disse a Will mais cedo, estou tendo dificuldades de pagar meu aluguel, sim, de forma que não estou realmente em posição de recusar ajuda. Ainda assim, me adiantaria muito pouco ser empregada por alguém que, ao dividir os lucros, me deixe numa situação similar, senão pior. Atualmente, todo dinheiro que ganho é meu. Não tenho dúvidas de que os clientes pagariam mais se eu trabalhasse para o senhor, mas não sei quanto desse "mais" ficaria comigo... Entendes meu dilema?

─

Ele coloca a taça em cima da mesa, totalmente vazia. Logo ele pega a garrafa e preenche novamente sua taça, desta vez atento a sua taça e afirmando com a cabeça suavemente como se entendesse os problemas de Taylor. Nesse instante, o Elohim sentiu algo dentro de si, como se fosse uma puxada do abismo em sua alma celestial. Sensação esquisita, fez até um calafrio percorrer toda sua coluna vertebral. Ela sentiu algo, vindo de bem longe, como se viesse do centro de Londres. Ela sentiu, parecia a presença de Tormento ou Doutrina de algo ou alguém. Foi bem forte, seria resposta de outro Elohim ? Um Faustiano, quem sabe ? Ghost reparou o seu "mal" estar. Logo ele pegou em sua taça e deu um gole, logo lhe respondeu tranquilo:

─ Algum problema querida O'Neil ? Nem se quer tocou no vinho. Beba, esta delicioso. E sobre o que você disse, eu entendo perfeitamente. Eu quero ainda ver e conhecer seus talentos. De boca dos outros não quer dizer nada. Eu não quero que você seja uma qualquer minha. Todos que trabalham comigo eu sou justo, literalmente uma família. Eu estou precisando na verdade de dançarinas eróticas, um trabalho mais relevante e não necessita ser só em base do sexo. Quero que você seja uma estrela em minha casa noturna. Mas... só basta querer. Trabalhando comigo, o aluguel não será necessário em se preocupar. Eu pagarei, você receberá por mês normalmente, fora suas comissões e gorjetas da clientela sobre sua performance ao palco. A não se que prefira trabalhar, como uma das minhas damas de luxo. Ai é com você Taylor. O que me diz ? -

Ele sorriu amistosamente, bebeu mais um gole e esperou a resposta do Elohim. Que por sinal ainda sente aquela força mística se espalhando no centro da cidade, não sabe exatamente onde, mas uma força estranha surgiu naquele ponto. E isso faz o corpo do Terreno ficar literalmente sensível.

─

*A sensação lhe chama a atenção, a ponto de distraí-lo. Aquilo é importante, mais importante do que essa reunião. Ainda assim, essa reunião tem sua importância. Mas, escutando Ghost, ele aprecia o corpo e os dotes de Taylor ainda mais do que Will sugeriu, e isso dá um poder de barganha para Thaniel. Poder suficiente para fazer um movimento ousado, em sua análise.*

-Nenhum problema. Agradeço imensamente a oportunidade. Acredito que o trabalho de dançarina me apetece mais, aceito esta oferta. Posso começar amanhã. Discutimos os detalhes então, sim? Com licença.

*Quase sem esperar resposta, ela parte dali o mais rápido que pode, sem tomar do vinho. Thaniel tem que achar a fonte daquela sensação. É a coisa mais importante agora.*

─

No mesmo instante em que Thaniel se ergue da cadeira, sente algo segurando seu pulso e quando olha percebe ser Ghost. Não apertava e nada, apenas para para-la. Ele lhe olha com aquele olhar fixo e ao mesmo tempo como se sentisse entediado pelo comportamento repentino do Elohim do nada. Como se literalmente estivesse fugindo dele. Ele a solta e diz:

─ O posto de dançarina é seu e pode começar amanhã sem problemas, mas... calma Taylor... Para que tanta pressa. Ao ponto de ignorar uma pessoa tão importante em Londres e agora para sua vida ser bem melhor do que antes. Lembra que eu lhe chamei para um jantar após o assunto de trabalho. Não é ? Seu rosto demonstra que parece ter visto um fantasma, não sou tão assustador assim. -

Ele desenha um sorriso amigável ao rosto e lhe solta. Recuando bem devagar e volta a encostar em sua poltrona. Sua mão esquerda pega um aparelho bem pequenino de cor preta e um botão vermelho em cima a qual ele para com o polegar. E com a outra mão ele aponta com o dedo indicador para a porta e completa no seu inglês tranquilo, como se brincasse com a "humana".

─ Este botão, eu libero a porta para você ir. Mas, realmente fico chateado. Se for algo que eu possa ajuda-la, eu me sentirei bem e por favor... Seja convincente ao ponto de ignorar um jantar e um futuro emprego para o seu sucesso ao meu lado. Então senhorita O'Neail, me diga... o que de tão importante tem ao ignorar-me ? -

Ele olha para o equipamento em mãos e sorri ao voltar os olhos para Thaniel. Esta brincadeira não esta sendo agradado pelo Elohim, sabe que algo esta acontecendo no centro de Londres. Agora mesmo sente outro cala-frio e uma onda de energias. Uma outra diferente, isso indica ser duas ou até mais em um conflito e será que aconteceu as previsões que teve até chegar nesta cidade ?

Olhando para a porta, realmente ela não tem maçaneta do lado de dentro e sim uma tranca eletrônica dourada, talvez aquele botão seja para liberar a porta. E Roger, ou melhor Ghost aguarda uma resposta e agora com um olhar frio e de poucos amigos "chateado" para a bela "mulher" de cabelo rosado e fantástica ao ponto dele querê-la para o ramo dele.

─

*Taylor franze o cenho. Escuta com atenção as palavras de Ghost e decide que meia-verdade deve ser suficiente para apaziguá-lo e, ao mesmo tempo, não o assustar em demasia.*

-Eu... Senti algo. Se quiser me acompanhar é bem vindo e se puder esperar que eu resolva isto para então jantarmos ficarei extremamente agradecida. Não é meu intuito ofender-te ou fazer pouco caso de teu convite. Me desculpe, mas eu realmente tenho que ir, e, se não lhe falo mais é por que tudo que sei é muito pouco. Só sei que acontece algo no centro da cidade... E que é importante que eu esteja lá.

─

Thaniel notou que ele fez uma expressão de desentendido com o rosto. Ao ponto de até voltar a encostar em sua poltrona de couro. Apoiou seus braços ao do seu assento e franziu as sobrancelhas surpreso pelas palavras doces do Profanador. Notou que a mão direita que carrega o botão para destrancar a porta se ergue e ele pausa a parte das costas da mão em seu próprio lábio. Olha para um lado e outro. E finalmente volta a lhe olhar e pergunta curioso:

─ Você disse... que sentiu ? Me explique isso melhor por gentileza. Você é alguma sensitiva ou algo do tipo. Ou esta querendo me passar por tolo, Taylor ? Agora eu não estou gostando desta baboseira. E porquê é importante ? Tem algum cliente marcado é isso, não é ? E não quer me contar e deixar-me mal ? Explique-me melhor isso se quiser... Mas eu te libero de todas as formas... E digo desde já. O centro, depender de onde, tenha cuidado e infelizmente eu não posso sair agora. Eu vim, porque queria conhecê-la pessoalmente. Até amanhã então senhorita. -

Ele aperta o botão vermelho e um som da porta se destrancando e ela abre sozinha um pouco. Ele literalmente joga o aparelho na mesa e o Profanador pode notar que deixou o homem um pouco irritado. Tolos esses humanos, se apegam e se irritam com tanta facilidade. É até engraçado o Elohim notar esta situação e se realmente fosse Taylor ali, estaria confuso ou até medo. Mas como tem controle absoluto do corpo, suas ações que são contadas e mesmo as memórias e sentimentos estarem grudados em sua alma é o Profanador que dar as ordens pela moradia deste corpo.

─

*Taylor aquiesce com a cabeça. Entende que o deixou irritado, mas é mais importante ir ao centro. Ainda assim, é bom manter as boas relações.*

-Agradeço, vou lhe recompensar por isto.

*Sai correndo para o centro.*