Outono, 1453

Isabella se mostrava profundamente preocupada naquela festa de amaldiçoados. Se não bastasse as conversar baixas e assuntos profanos, os recém "convidados" tão inusitados estavam criando um caos naquela cena. A mesma nunca havia agido sob tanta pressão ou estres como o ali presenciado. Pôde ver a água do canal se canalizando na sua direção, como uma poderosa maré. Só que a mesma se reduziu dado a falta de concentração da mesma. Pois esta sabia o que estava vendo. Eram zumbis. Mortos vivos. Era claro que em seu estudo que era obra de magia de necromancia. Algo tido em segredo pelos Giovannis. Grandes e poderosos cainitas que habitam aquela capital. Principalmente as ilhas ao redor da mesma. Foi ensinada a agir com precaução na frente dos mesmos. Todavia a não temer suas crias. Que por mais intimidadoras que sejam, não demonstram a mesma letalidade que um amaldiçoado ordinário. Todavia precaução é sempre será bem vinda, pelo menos assim foi ensinada. Mas o caos presente naquela festa fazia o foco se tornar mais difícil. Os convidados corriam em desespero, deixando claro que nem todos ali sabiam com o que estavam lidando. A festa havia literalmente acabado e a tragédia começado.

Issabela sentiu as águas paradas do canal lhe obedecerem, mas a falta de concentração da jovem desfez ou ritual uma falha que seria prontamente salientada por Miranda caso esta estivesse junta da jovem.

Respirando fundo a garota tentou se concentrar apenas na água do canal esquecendo-se dos gritos e mais ainda do perigo que era se revelar diante dos mestres da Necromancia, porem alguma coisa havia de ser feita, ainda mais quando uma reunião de outro clã era invadida pelos mortos pútridos dos renomados Necromantes de Veneza a invadiam tao de repente.

O membro 'Jéss Werneck' realizou a seguinte ação: Rolar Dados:

#1 'D10's' :

#1 Resultado : 2, 9, 8

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#2 'D10's' :

#2 Resultado : 9, 3, 7, 1, 7

Os gritos dos carniçais e das criaturas reanimadas por um feitiço nefasto eram um empecilho para a concentração da jovem. Todavia esta tivera uma didática muito rígida para se sentir confortável em sentir o equilíbrio das forças ao seu redor para então poder manipulá-las. A mesma podia agora se desligar daquela mansão para se concentrar nas energias ao redor. Seu sangue fervia na medida que a mesma sentia as energias agitadas das águas armazenadas logo no canal abaixo da mesma. Podia sentir aquela energia se acumulando. Se aproximando da jovem. Até quando finalmente abriu os olhos percebeu que as águas estavam aos seus pés. Como se a maré tivesse crescido abruptamente, como uma colina que descia em ladeira pelo canal até o mar. Era uma plataforma de água. Uma fuga pela varanda. "Fique perto da água", era o que sua nova mentora havia lhe dito.

A jovem deu seu primeiro passo para cima da superfície da água. Por um instante pensou que iria afundar. Mas então se lembrou de seu treinamento. De todo o sangue que gastou para aprender tudo que aprendeu. De todo os esforço que passou. De todas as frustrações. Se lembrou de como a água sempre lhe aceitou. Se lembrou como aquele lugar sempre lhe fora um refúgio. Se lembrou de como aprendeu à não temer a água. Se lembrou de quando descobriu que a água era apenas uma extensão de seu próprio corpo. Estava determinada à pisar naquela ponte aquosa. Não se lembrava sequer de todo o misterioso caus que deixava para trás. Apenas focava em pisar na superfície da água. E assim o fez. Fez pois acreditava que o faria. Logo Isabela se viu afastada a dois passos da sacada ao qual estava. Observava todo o casarão ser atacado por escuridão a amaldiçoados como uma telespectadora. Apenas via a cena impotente, mas ao mesmo tempo onipresente. Logo a atenção da mesma se focou para seus pés, ao quais estavam pisando na água. Esta visão lhe fez lembrar de um trecho de um livro antigo ao qual aprendera à decorar muitos anos antes de sua maldição. Ficou até surpresa em lembrá-lo e ao mesmo tempo sentiu vontade de rir.

Matheus 14 Versículo 25: Alta madrugada, Jesus dirigiu-se a eles, andando sobre o mar.
Matheus 14 Versículo 28: "Senhor", disse Pedro, "se és tu, manda-me ir ao teu encontro por sobre as águas".